JOGO DO CORAÇÃO

A melhor atividade está contida no peito.
Bate forte como as muitas ondas, debatem as rochas.
Pula por cima dos desejos, corre devagar no amor.
Joga para valer com a vida.
Não perde nenhuma, só cansa quando é maltrado.
Agora, onde descobrirei uma nova emoção?
Todas as peças do esporte se esgotou.
As veias da infinita comoção, atraiu as poucas seguranças da paz.
E não vá dizer que é coisa do destino.
Tudo na vida é um jogo, onde se cruza as sortes.
Lançam-se os sonhos na pista das alternativas.
O coração faz um exercício bem comodista. (Jeremias Silva)

domingo, 8 de junho de 2014

IDEIAS DE ERNEST SOSA - EPISTEMOLOGIA DA VIRTUDE


O disparo de um arqueiro pode ser avaliado sob três aspectos. Primeiro: avaliar se cumpre seu objetivo, atingindo o alvo, ou seja, se o disparo é acurado o suficiente para que cumpra o seu objetivo: se ele atingiu o alvo ou não. Segundo: avaliar se o disparo foi bom, manifestando a habilidade do arqueiro, ou seja, se o arqueiro conseguiu atingir o seu alvo se utilizando da sua habilidade ou não. Terceiro: se o arqueiro é apto para atingir o seu alvo e o faz. Para se atingir este aspecto, deve-se observar o fato de o arqueiro ter acurácia e habilidade para se conseguir chegar a aptidão, ou seja, mesmo se o arqueiro der o tiro e acertá-lo pode ser que não tenha acertado o alvo por aptidão. Esta é diferença entre habilidade (competência) e aptidão. O arqueiro precisa ter acurácia, habilidade para se conseguir realizar a aptidão. Isto se assegura com a performance com o objetivo.
O conhecimento animal é a crença apta, que não envolve outras crenças, ou seja, o tipo de conhecimento que não envolve reflexão. Já o conhecimento reflexivo é aquela que se relaciona com a crença apta, mas também crença apta defensável, ou seja, o sujeito precisa monitorar o seu julgamento. A crença segura é aquela que o sujeito tem certeza do que é, ou seja, se o sujeito enxerga uma parede branca, monitoramento as suas percepções, ele chegará a conclusão que a parede é de fato branca. Já a crença sensível é aquela que o sujeito pode se enganar do que ver, ou seja, se o sujeito enxerga uma parede branca, mas contudo, as vezes, uma luz vermelha é lançado contra a parede, o sujeito provavelmente não terá segura se a parede é branca ou vermelha. Assim sendo, ele não sabe a parede é branca; o sujeito está sendo enganado pelos sentidos.
Para o cético, as crenças epistemologicamente cruciais são que elas não possuem uma base que sustente a crença, ou seja, a sensibilidade completa.
Há duas maneiras interessantes em que o disparo do arqueiro pode não ser seguro. Primeiro: o nível de competência do arqueiro pode ser afetado por um problema psicológico, ou até mesmo, tenha ingerido alguma substância alucinógenas que afetariam drasticamente os sentidos do arqueiro; segundo, a falta de condições apropriadas, ou seja, um vento forte poderia desviar a flecha do arqueiro de atingir o alvo. Desta maneira, suponhamos que o arqueiro seja apto, mas ingeriu em demasia bebida alcoólica; o arqueiro é competente, mas está inseguro, pois está bêbado. Agora, suponhamos que o arqueiro não tenha nenhuma habilidade e tentou acertar o seu alvo; o arqueiro contou com o anjo que desviou a sua flecha até o alvo, esta situação é extrema, ou seja, o arqueiro não acertou o alvo porque é apto, mas o seu objetivo resultou na tarefa concluída.
As crenças perceptuais comuns são bem-sucedidas mesmo em condições não favoráveis, pois é necessário analisar se o sujeito está apto para a circunstância, sendo assim a crença recai sobre o exercício do sujeito. Por exemplo: o sujeito vê uma parede vermelha em condições normais, mas no entanto, se trata de um caleidoscópio controlada por um indivíduo qualquer. Vê-se que o sujeito foi brindado da combinação luz-branca mais superfície-vermelha. Vejamos o sujeito viu a superfície como vermelha e vai deduzi que é vermelha até que se prove ao contrário. Então, a crença é apta mesmo estando em condições que seja insegura.
No caso do caleidoscópio, a crença animal é quando o sujeito tem a crença apta simpliciter que a superfície é vermelha, seguindo o sentido da visão. Já para que o sujeito tenha a crença reflexiva observada é necessário que ele acredite de tal maneira apta que a superfície é vermelha, ou seja, se luz vermelha não é apenas uma luz lançada por um indivíduo.
Por que acreditar de maneira apta não é apenas de que a crença de alguém seja verdadeira, e derive de uma competência, ou seja, o sujeito acredita com veracidade diante do exercício de uma competência em condições apropriadas, sendo assim, que o que se pode atribuir a competência não é apenas a existência da crença, mas sua correção. Desta maneira, é preciso negar que a verdade da crença do observador que acredita de maneira apta que a superfície seja vermelha seja atribuível à sua competência relevante.
Um sonho não tem a mesma base experiencial que as crenças perceptuais tem, pois a base do sonho falha no que diz respeito à vivacidade, riqueza e coerência. Aliás, o conteúdo fenomenológico dos sonhos pode simplesmente ser diferente daquela da vida desperta. Outro fator que diferencia as crenças perceptuais e os sonhos o fato de o sujeito estar adormecido limita a sua competência para discernir o que real ou imaginário. O sonhador continua apto, mas inseguro, porque não podemos pegar como crença aquilo que sonha, ou seja, o se está em risco quando se estar adormecido é a nossa competência de formar crenças perceptuais.

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