Análise
do Poema “No Espelho”, de José Elias
No
Espelho
Quando
a gente se olha no espelho
e
se vê meio fada,
meio
rainha ou bailarina
e
com cara de dona da festa,
tudo
que é bom acontece.
O
astral vai além das nuvens
e
a gente brilha e brilha.
Se
alguém falar de amor,
não
faz mais do que obrigação.
Quando
a gente se olha no espelho
e
se vê um lixo,
meio
bruxa ou fantasma,
pode
Deus ordenar,
podem
todos os olhos pedir,
podem
todos os anjos ajudar,
pois
o navio afunda, afunda
e
não vem mesmo à tona.
Se
alguém falar de amor,
a
gente acha que é gozação!
(Elias,
José. No espelho. In:_________. Amor Adolescente. São Paulo: Atual,
2009. P. 21. Entre Linhas e Letras).
No
poema acima, o eu-lírico expõe como uma adolescente se vê ao olhar para um
espelho, pois o texto foi extraído de uma obra chamada “Amor Adolescente” e os
conflitos expostos são típicos dessa fase da vida.
O
poema é composto de duas estrofes, que apresentam duas formas de o eu lírico se
ver ao olhar para o espelho. Na primeira estrofe, o eu-lírico se sente bem
consigo mesmo; logo, ao olhar para o espelho, vê somente coisas positivas. Na segunda
estrofe, ocorre o inverso: ele se vê de forma negativa, o que revela não estar
bem consigo mesmo. Estes sentimentos expostos revelam sensações contraditórias
e conflitos internos.
Vamos
analisar profundamente a oração “Eu me vejo meio fada”.
Nesta
oração, vemos duas palavras que se referem ao eu-lírico Eu, me. Estes termos desempenham a função sintática,
respectivamente, eu: como sujeito; me: como objeto direto.
Nesse
verso, o eu-lírico fala sobre uma ação, quem pratica e quem recebe essa ação é
o próprio eu-lírico.
A
palavra “fada” foi empregada para atribuir uma característica ao próprio
eu-lírico, isto fica evidente no termo empregado me.
Vc me ajudou muito!Obrigado, continue a postar em seu blog, pq eu adorei.
ResponderExcluirMim ajudouuu muito mesmo continue postando isso no seu blog ameiii 😍😍😍
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