Murmúrio queima a carne maldita
Desalento consome a exterminável face dourada
Inferno presente sob os pés de espinhos
Caminhos das águas abafados pelos gelos sem alada
Preso ao laço da vergonha mais um choro miserável
Ninguém quisera assistir a cerimônia do anjo
Celebrem uma festa as bragas dos vermes incontáveis
As mãos maleiam aos versos imortais!
Macabros são as dores do corpo em cinzas
Venha aproveite da bruega desplante caído na desgraça
Demônios cinerícios aplaudem com fervor harmônico.
As chamas extinguem o pranto da burleta
Mortal ao lugar dos mortos, coroinha o beijo da morte!
Quer dar o último suspiro sobre o repugnante
Aspiração eduz o escândalo mais movediço
Cão feroz comes os nervos, demora em Oxalá!
O fim seja padecente pelos rostos psicodélicos
Apegar nos ombros dos monstros amigos
Acalme pelos gritos, cante a canção do exílio
No mofino de tormento chorarei, chorarei
Sem mais ninguém para me consolar!